Explicando o Direito Sistêmico na prática

A expressão ”direito sistêmico” surgiu da análise do direito baseado nas ordens que regem as relações humanas, segundo a ciência das Constelações Familiares, que foram observadas, desenvolvidas e aplicadas pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger.


O termo e conceito Direito Sistêmico foi criado por Sami Storch, juiz de direito no estado da Bahia, tendo como base a resolução pacífica de conflitos, buscando o equilíbrio entre as partes envolvidas na lide, bem como entre o sistema.


A proposta é utilizar as leis e o direito como um caminho para o tratamento de questões geradoras de conflitos dentro do sistema das partes, visando a saúde desse sistema ”doente” (seja ele familiar ou não), como um todo.
Em relação ao direito sistêmico, Sami Storch, em seu livro ‘’A Origem do Direito Sistêmico’’ relata:


‘’… No entanto, o meu objetivo não era apenas falar de constelações jurídicas, apesar de este ser um dos meus enfoques. Eu estava buscando uma forma pela qual o processo judicial e o próprio tratamento legal das questões pudessem ser sistêmicos e, assim, melhores. Gosto de observar as incoerências na lei, quando ela não produz os reflexos desejados e fazer uma análise à luz das ordens sistêmicas que aprendemos com as constelações. Ou seja, a minha intenção não era apenas a abordagem das constelações, intencionava abordar o Direito Sistêmico como o defino hoje e como atualmente ele é considerado.
De modo que o Direito Sistêmico inclui a constelação, mas também é uma visão do próprio direito. Não se trata apenas de um método, de uma abordagem para resolução de conflitos.’’

Sami Storch


Ou seja, o direito sistêmico busca um olhar profundo aos conflitos trazidos pelas partes ao poder judiciário, fazendo com que este possa ser tratado de forma efetiva, onde as partes saiam satisfeitas e o problema apresentado por elas seja visto, entendido e resolvido, com efetiva participação de todos os envolvidos, trazendo assim uma resolução pacífica e eficaz.